BLOG

Indicação de Pilates na Depressão

Com 121 milhões de pessoas atingidas no mundo, a depressão demanda assistência médica e atividade física.

O Pilates, método criado pelo alemão por Joseph Pilates em 1926, agora ganha status também entre os profissionais de saúde, especialmente aqueles que tratam de pacientes com depressão. É que a técnica que visa ao equilíbrio corporal e mental não tem contra-indicação, podendo ser praticada por qualquer pessoa a partir dos 10 anos de idade.

“O Pilates exige que o indivíduo esteja atento à realização de cada exercício. E é essa concentração que promove a desaceleração mental, a redução da ansiedade e o controle do estresse”, descreve Eloisa Guimarães, fisioterapeuta e professora de Pilates. As sessões, com duração de uma hora, trabalham alongamento, respiração, alinhamento postural, tônus muscular e relaxamento.Mesmo sem explicação científica que defenda a maior incidência da depressão entre as mulheres, Guimarães cita a relação com fatores hormonais e o excesso de papéis e responsabilidades assumidas como fator desencadeante. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a doença está associada a 850 mil óbitos no mundo e atinge, hoje, 121 milhões de pessoas. Se este quadro continuar em ascendência, a perspectiva da OMS é que até 2020 será a segunda maior causa de incapacidade e perda da qualidade de vida.

De acordo com a professora, no tratamento, cada caso é avaliado pelo psiquiatra assistente. Medicamentos e psicoterapia costumam ser associados. ” A atividade física praticamente faz parte da prescrição, devido aos efeitos orgânicos que envolvem a liberação de neurotransmissores ligados á sensação de bem-estar” , explica.

Segundo Eloísa, na academia cresce o número de pacientes que buscam o Pilates por indicação do próprio médico ou terapeuta. “Uma das vantagens da técnica é que a sessão é realizada de maneira individualizada, em pequenos grupos de até quatro pessoas. Alunas que vivenciam algum tipo de necessidade, detectada na anamnese inicial, são muito beneficiadas por essa atenção personalizada e têm maiores chances de adesão à prática”, explica a fisioterapeuta.