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Contratura muscular

Contratura muscular, espasmos, “nós”, entre outros jargões utilizados rotineiramente por profissionais e pacientes que sempre direcionam a causa da dor para o músculo, seja pós exercício ou então para justificar o quadro álgico em questão, mas será que é isso mesmo que ocorre em nosso corpo?
Sabe-se que a fáscia possui mais mecanorreceptores e terminações nervosas livres que o músculo, nos mostrando que o panorama pode ser diferente do que o empirismo e o senso comum pregam.
Diversos autores já demonstraram em seus estudos, com a utilização de dinamômetro isocinético, ultrassom e algometria, que na verdade as fibras musculares pós treino pouco mudaram em relação a reorganização da matriz extracelular e inflamação do tecido conjuntivo, por exemplo.
Sigfried Mense demonstrou que a fáscia possui resposta álgica a pressão maior que o músculo, através de estímulos nas duas estruturas. A literatura tem mostrado que é possível o tecido conjuntivo possuir maior influência na dor, seja ela após a prática de exercícios ou então em casos de contraturas e espasmos.
O intuito dessa postagem é diferenciar limiar de dor entre a fáscia e o músculo, não levando em consideração todas as outras variáveis, tais como sensibilização central e fatores biopsicossociais.

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